Pesquisadores americanos anunciaram nesta terça-feira (13) um avanço histórico na fusão nuclear, que poderia revolucionar a produção de energia na Terra.
O Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), ligado ao Departamento de Energia americano, informou no Twitter que seu experimento "produziu mais energia de fusão do que a energia laser usada" para causar a reação, uma barreira há muito perseguida por pesquisadores.
O sucesso do experimento abre a possibilidade de energia limpa ser produzida em escala "quase ilimitada".
O Departamento de Energia descreveu a descoberta como um "descoberta científica" que levará ao "progresso na defesa nacional e ao futuro da energia limpa".
O diretor do LLNL, Kim Budil, disse que é "um dos desafios científicos mais importantes já enfrentados pela humanidade".
Embora esse experimento tenha sido bem-sucedido, os pesquisadores ressaltam que ainda há um caminho a ser desenvolvido até que essa energia abundante alimente residências ao redor do mundo.
Os cientistas trabalham há décadas para desenvolver a fusão nuclear, considerada uma fonte de energia limpa, abundante e segura que pode permitir à humanidade quebrar sua dependência de combustíveis fósseis, causando uma crise climática global.
Atualmente, as usinas nucleares utilizam o princípio da fissão nuclear para produzir energia. No método, os atómos de carga pesadas são separados. Como consequência, produz resíduos tóxicos, que permanecem radioativos por muito tempo.
A fusão nuclear é basicamente o oposto. Ela "une" os atómos leves e tal fusão libera uma grande quantidade de energia, que produz resíduos com pouca carga radioativa, que também dura muito pouco.
O problema até agora é que manter a fusão estável requeria mais energia do que o processo produzia. Foi justamente essa barreira que acaba de ser rompida — em uma pequena escala, é importante ressaltar.
No experimento do laboratório, átomos de hidrogênio são colocados em uma pequena cápsula, e logo depois 192 feixes de laser, capazes de aquecê-los a 100 milhões ºC, mais calor que o centro do Sol. Esse calor extremo causa a fusão desses átomos, o que libera uma quantidade imensa de energia.
Como informou a BBC, o experimento do laboratório, que custou US$ 3,5 bilhões (R$ 18,43 bilhões), liberou energia capaz de ferver de 10 a 15 chaleiras de água. Essa pequena escala ressalta que o próximo desafio dos pesquisadores é criarem reatores maiores e funcionais com o uso da técnica.
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