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INTERNACIONAL Sexta-feira, 23 de Maio de 2025, 08:36 - A | A

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coberto por manta

Coreia do Norte tenta esconder navio de guerra com lonas após fracasso em lançamento

R7

A Coreia do Norte tenta abafar os danos causados pelo tombamento parcial do novo navio de guerra do regime, ocorrido durante o lançamento do destróier na quinta-feira (22). Imagens de satélite revelam que o navio de 5.000 toneladas está sendo coberto com lonas azuis ao lado do cais na cidade portuária de Chongjin.

As fotografias mostram o navio tombado de lado, parcialmente submerso, ao lado da estrutura onde a cerimônia oficial havia sido realizada um dia antes. A manobra parece ser uma tentativa de esconder os destroços do que deveria ter sido um marco na modernização da frota naval norte-coreana.

O incidente aconteceu durante o lançamento do segundo destróier da classe Choe Hyon, a maior da Marinha do país, com 5.000 toneladas. Segundo a imprensa estatal, a embarcação estava projetada para transportar mísseis de cruzeiro e balísticos com capacidade nuclear. Ainda não há confirmação oficial sobre o tipo de armamento já instalado no navio danificado.

A Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) reconheceu o acidente, algo raro para o regime, e o classificou como “grave”. Em nota, a agência afirmou que a operação falhou por “imaturidade do comando” e “negligência operacional”, apontando que o trenó de lançamento na popa se desprendeu antes do tempo, comprometendo o equilíbrio da embarcação. Partes do casco foram danificadas e o navio acabou tombando antes mesmo de entrar em operação.

Kim Jong-un, que acompanhava a cerimônia, reagiu com fúria e classificou o erro como um “ato criminoso” fruto de “puro descuido, irresponsabilidade e empirismo anticientífico”. O líder norte-coreano determinou que o navio seja restaurado antes da próxima reunião do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, prevista para junho. Segundo ele, a restauração não é apenas uma questão prática, mas política, diretamente ligada à autoridade e moral do regime.

Apesar do constrangimento, analistas acreditam que a própria divulgação do acidente pela mídia estatal revela um esforço estratégico do regime. “É vergonhoso, mas a Coreia do Norte quer mostrar que está acelerando sua modernização naval e tem confiança de que poderá superar esse fracasso”, disse Moon Keun-sik, especialista em assuntos marítimos da Universidade Hanyang, em Seul, ao jornal The Guardian.

Segundo o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, o navio continua virado no mar. Um relatório do centro de estudos 38 North, baseado nos EUA, observou que o método de lançamento lateral adotado em Chongjin nunca havia sido registrado antes no país e pode ter contribuído para o desastre. A escolha teria sido motivada pela ausência de uma rampa adequada no estaleiro.

No mês passado, Kim havia apresentado o primeiro navio da nova classe de destróieres, em cerimônia realizada no porto de Nampo, acompanhado da filha adolescente Kim Ju Ae, apontada como possível sucessora. Na ocasião, o líder declarou que a nova embarcação reforçaria a capacidade da Coreia do Norte de responder a supostas ameaças dos Estados Unidos e de seus aliados regionais.

A Coreia do Norte afirma que o destróier estava equipado com as “armas mais poderosas” e que deveria entrar em operação no início do próximo ano. Especialistas ocidentais, no entanto, ressaltam que o país ainda não demonstrou capacidade comprovada de miniaturizar ogivas nucleares para uso em mísseis navais.

 

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