Guerrilhas do maior grupo dissidente das FARC alertaram os Estados Unidos, neste sábado, que lutarão se a "soberania" da Colômbia for violada, após o anúncio de Donald Trump de operações terrestres contra traficantes de drogas.
As forças americanas mantêm uma ofensiva no Caribe e no Pacífico contra traficantes de drogas que, segundo o presidente republicano, entrarão em uma fase de ataques terrestres.
Em meio a tensões com o presidente colombiano Gustavo Petro, Trump instou a Colômbia esta semana a "fechar" as plantações de coca, o principal componente da cocaína. Se não o fizer, "os Estados Unidos os fecharão, e não farão isso de forma gentil", afirmou Trump.
O governo colombiano interpretou essas declarações como uma ameaça de ataque ao território colombiano. "Qualquer agressão terrestre é uma invasão e uma violação da soberania nacional", disse Petro em entrevista coletiva na quinta-feira.
Os rebeldes, que se retiraram do acordo de paz de 2016 com a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), alertaram, neste sábado, que lutarão caso tal ação aconteça.
"Estamos acostumados a lutar e combater quem quer que seja; sempre fomos ferrenhos opositores do império americano", declararam membros do chamado Estado-Maior Central (EMC) das FARC no texto compartilhado em um bate-papo com jornalistas. "Não permitiremos intervenções militares e violações da soberania colombiana."
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, acusado por Trump de liderar um cartel de drogas, afirma que Washington está "inventando uma guerra" contra seu país no contexto dessa mobilização no Caribe.
Os rebeldes da EMC controlam a produção de cocaína em regiões da Colômbia, como Catatumbo, na fronteira com a Venezuela.
Este grupo é liderado por Iván Mordisco, considerado o criminoso mais procurado do país e que Petro compara a Pablo Escobar. Trump também chama o presidente colombiano de "líder do narcotráfico" e, na sexta-feira, impôs sanções financeiras a ele por supostamente permitir o tráfico de drogas.
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