Duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas em estado grave após um homem atropelar e esfaquear pedestres em frente a uma sinagoga no norte de Manchester nesta quinta-feira (2), segundo autoridades locais.
O suspeito foi baleado pela polícia. Uma grande quantidade de policiais e socorristas respondeu ao ataque.
A polícia de Manchester afirmou que o crimonoso avançou com o carro sobre pedestres em frente à Sinagoga Heaton Park Hebrew Congregation, no bairro de Crumpsall, e após as atropelar ele desceu do carro e esfaqueou algumas delas.
O homem foi contido por policiais (veja vídeo acima), que atiraram no criminoso. Ele trajava um cinturão que aparentava ser de explosivos. A polícia não confirmou, mas disse que fez uma "explosão controlada" no local após todas as pessoas serem retiradas da sinagoga e a área ser isolada.
O ataque ocorre no feriado judaico de Yom Kippur, o dia mais sagrado do judaísmo. Nessa data, um grande número de judeus vai a sinagogas e jejua.
Yom Kippur é, na religião judaica, o Dia do Perdão, no qual Deus sela o 'livro da vida'. A data ocorre no décimo dia após o Rosh Hashaná, o ano novo judaico.
Pouco mais de uma hora após o ataque, a polícia de Manchester afirmou que duas pessoas morreram. Ainda segundo a polícia, outras três pessoas ficaram feridas e estão em estado grave. Uma das vítimas era um segurança da sinagoga, que estava cheia no momento do ataque.
Após o episódio, a polícia de Londres disse ter reforçado a segurança em todas as áreas da cidade que têm sinagogas, além de comunidades judaicas da capital britânica.
"A Polícia de Manchester confirma que duas pessoas morreram após o grave incidente ocorrido do lado de fora da sinagoga. (...) Outros três membros do público permanecem em estado grave. Um grande número de pessoas que estavam participando de cultos na sinagoga no momento do incidente foi mantido no interior enquanto a área imediata era isolada e considerada segura, mas já foram evacuadas", afirmou a polícia em comunicado.
A embaixada de Israel no Reino Unido condenou o ataque. Diversas autoridades britânicas lamentaram o ataque (leia mais abaixo). O premiê Keir Starmer ordenou uma mobilização maior de policiais em sinagogas por toda a Inglaterra.
Segundo a polícia, agentes foram chamados ao local às 6h31, no horário de Brasília, e chegaram ao local minutos depois. Às 6h38, os policiais trocaram tiros na cena do crime e balearam uma pessoa que acreditam ser o suspeito, mas não informaram seu estado de saúde. Pouco depois, a polícia afirmou que não havia mais perigo para o público.
O serviço de ambulâncias de Manchester chamou o ataque de "incidente grave" e disse que mobilizou equipes de resgate para atender as vítimas.
Um fotógrafo da Reuters relatou que havia uma forte presença policial na área. Além de policiais, também foram vistos no local agentes utilizando uniformes táticos pretos e carregando metralhadoras pesadas, que seriam da unidade antiterrorismo, segundo jornais britânicos. Equipes de ambulância foram vistas usando coletes de proteção e capacetes.
“Sabemos que o horrível ataque de hoje, no dia mais sagrado da comunidade judaica, causou grande choque e medo em todas as nossas comunidades. Agradecemos ao membro do público cuja rápida reação ao que presenciou permitiu nossa ação imediata e, como resultado, o agressor foi impedido de entrar na sinagoga”, afirmou um porta-voz da polícia de Manchester.
A polícia de Manchester pediu para que o público evite o local do crime e não compartilhe vídeos do ataque que circulam nas redes sociais. O órgão também afirmou que está coordenando a segurança de demais sinagogas após o ataque.
Líderes britânicos repudiam ataque
O rei Charles III afirmou estar "profundamente chocado e triste" com o ataque.
Já o premiê do Reino Unido, Keir Starmer, disse ter ficado "horrorizado" e que retornará mais cedo da Dinamarca, onde participava de cúpula de segurança da União Europeia, por conta do ataque.
"O fato do ataque ter ocorrido no Yom Kippur torna o episódio ainda mais horrível. (...) Vamos fazer tudo para manter a comunidade judaica segura", afirmou o premiê.
O prefeito de Manchester, Andy Burnham, afirmou à "rádio BBC" se tratar de um incidente grave e pediu para as pessoas evitarem o local. Burnham também elogiou a atuação da polícia.
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