Jack Ma, o fundador do grupo de tecnologia chinês Alibaba, é uma das pessoas mais ricas do mundo, mas agora também foi noticiado que integra outro clube, o Partido Comunista Chinês, que tem 89 milhões de afiliados.
A adesão foi revelada pelo Diário do Povo, órgão oficial do partido, em um texto que elogia as pessoas que contribuem para o desenvolvimento da China.
Ma não é o primeiro e provavelmente será o último capitalista bilionário chinês que entra para o partido, que também conta entre seus membros com o empreendedor imobiliário Xu Jiayin e o fundador do Grupo Wanda, Wang Jianlin.
Até o momento, Jack Ma afirmava que preferia permanecer afastado da política.
No artigo publicado na segunda-feira, o Diário do Povo destaca que Ma é um membro do Partido Comunista que desempenhou um papel importante no desenvolvimento da iniciativa "Rotas da Seda", um ambicioso programa de investimentos euroasiáticos em infraestruturas do presidente chinês, Xi Jinping.
Também é considerado um dos "principais arquitetos do socialismo com características chinesas na província de Zhejiang", onde fica a sede do grupo Alibaba, completa o texto.
Aderir ao partido pode ser útil para os empresários na China, pois muitas vezes precisam abrir caminho em um complicado ambiente no qual a economia estatal domina muitas indústrias e os negócios privados podem ser mal vistos.
Xi Jinping tenta retomar a expansão da influência do Partido Comunista nos negócios privados, com a exigência de que qualquer empresa com mais de três membros do partido estabeleça uma célula da formação.
Três de cada quatro empresas privadas já contam com organizações do partido.
Segundo a revista "Forbes", Ma é o homem mais rico da China, com uma fortuna estimada em US$ 35,8 bilhões. Além disso, o cofundador e atual presidente do Alibaba aparece no posto número 21 de pessoas mais poderosas no mundo este ano, segundo a mesma revista, assim como na 20ª posição da lista de milionários relativa a 2018.
Em setembro deste ano, Ma anunciou que se retirará do seu cargo como presidente do Alibaba no ano que vem, informa a agência EFE.
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