A Justiça determinou a internação das adolescentes que torturaram uma colega de 12 anos dentro da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia, a 415 km de Cuiabá. O caso, registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais, está sendo apurado pela Polícia Civil.
As adolescentes apreendidas serão encaminhadas para uma unidade do sistema socioeducativo na capital, onde deverão cumprir a medida de internação provisória. As agressoras, que possuem idades entre 11 e 14 anos, tinham regras internas semelhantes ao de uma facção criminosa.
A aluna vítima das agressões estaria sendo castigada após descumprir alguma das regras criadas pelo grupo. Durante a sessão de castigo, uma das regras impostas era de que a vítima não poderia chorar, caso contrário aumentariam as agressões.
Durante as oitivas, cerca de 10 pessoas foram ouvidas, entre pais, a direção da escola, a vítima e as próprias agressoras, que confessaram o ataque e admitiram já terem agredido outras quatro colegas pelo mesmo motivo. Nos celulares apreendidos, foram encontrados vídeos dessas outras agressões.
Com base nas provas colhidas, a Polícia Civil concluiu o inquérito e encaminhou ao Ministério Público, sugerindo a internação das adolescentes pelos atos infracionais análogos aos crimes de tortura e integração de organização criminosa, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ao todo, quatro adolescentes estão envolvidas na agressão, mas apenas três serão encaminhadas ao sistema socioeducativo em Cuiabá, onde cumprirão a medida socioeducativa de internação provisória. A 1ª Vara de Alto Araguaia autorizou mandados de busca e apreensão para cumprimento das medidas socioeducativas contra as envolvidas. Os procedimentos seguem sob sigilo por envolverem menores.
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