O vereador Abilio Junior (PSC) em entrevista ao Notícia Max admite que a população deve continuar chamando a Câmara Municipal de Casa dos Horrores, devido a fatos que continuam a acontecer e que mancham a imagem da Casa. Ele fala ainda sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito aberta para apurar possível irregularidade por parte do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), destaca seus principais trabalhos nesses quase um ano de mandato, e ressalta com que já buscou o Ministério Público visando impedir o aumento da tarifa do transporte coletivo em Cuiabá.
Notícia Max – Para a CPI instalada na Câmara ser aberta, houve pressão da população, caso contrário seria a portas fechadas. Mas se a decisão de mantê-la fechada fosse adiante, o senhor acredita que seria um ato anti-democrático?
Abílio Júnior – Tem coisas que tem cara de manobras, cheiro de manobra, rabo de manobra, mas alguém diz que é um processo democrático. Acredito que não espanta muito, dois membros da CPI, o relator e o membro quererem as sessões fossem secretas, tendo em vista o próprio propósito de terem entrado na CPI.
Entraram no último minuto, não queriam assinar a CPI antes, mudaram o entendimento apenas no momento que havíamos alcançado as nove assinaturas, então com isso tudo constrói-se o cenário ao qual chegamos, um cenário de difícil explicação para a população e acredito que a população entende que entraram realmente para esconder todo processo da CPI.
Notícia Max – O senhor acredita que a mudança se deve a fato de que a decisão de portas fechadas poderia ser judicializada?
Abílio Júnior – Acredito que sim. Eu esperava que as coisas no processo político se resolvessem no processo político, através de argumentos e debates construtivos, pudéssemos apresentar uma coisa boa para a população.
Mas percebo que o processo político está um tanto comprometido, já que as intenções não são às vezes as mais republicanas ou transparentes possíveis.
Notícia Max – A Câmara é chamada de Casa dos Horrores, e parece que vai demorar para perder essa “pecha”, não é mesmo?
Abílio Júnior – Eu acredito que esse apelido de Casa dos Horrores vai demorar bastante para tirar do entendimento popular, porque a cada período, ou seja, de três em três meses, de seis em seis meses, há um fato novo, que acaba comprometendo a imagem da Câmara.
Notícia Max – E quase completando um ano de mandato, quais os trabalhos de sua autoria, que mereceriam destaque no Legislativo municipal?
Abílio Júnior – A nossa briga na revisão da tarifa do transporte público, destacaria também o tanto que chamamos atenção para saúde mental e projetos na área de combate e prevenção ao suicídio.
Também trabalhamos muitas coisas na área de violência contra a mulher. Discutimos o assunto da policlínica, desde o começo do ano visitamos todas as UPAs, todas as policlínicas, diminuímos o número de ausências, através de um relatório que entregamos à Secretaria de Saúde.
Estamos fiscalizando desde o começo do ano o transporte público, não melhorou muito, mas não é por falta de fiscalização, e sim por articulações entre as empresas e o Poder Público, que acaba segurando. Temos brigado por licitação no transporte público.
Estamos brigando constantemente em vários assuntos na área de urbanismo, praças. Aprovamos uma emenda no PPA sobre a questão da parceria com as comunidades terapêuticas. Brigamos para tirar as pessoas das ruas com dependência química, inclusive com ações no Morro da Luz, inclusive fizemos a parceria com o Governo do Estado e Prefeitura para ter ações ali naquela região.
Temos trabalhado também com o projeto saúde nos parques, onde colocamos emenda no PPA para ter fisioterapeutas e nutricionistas nos parques de Cuiabá. Então estamos com uma série e acredito que todas as semanas do ano apresentamos alguma coisa e fizemos um trabalho.
Notícia Max – Os empresários do transporte coletivo já cobram um novo reajuste na tarifa, e como o senhor já disse, não houve avanços na qualidade do serviço prestado. O senhor pretende ir à Justiça contra esse aumento?
Abílio Júnior – Na verdade já estou indo ao Ministério Público, já estive com o doutor Ezequiel Borges, falei com ele, apresentei vários fatos de que há irregularidades nessa nova apresentação, pedi a revisão da planilha tarifária, pedi que analisassem novamente as propostas que estão sendo feitas e pedi também nova licitação, pois do jeito que está não há conforto no transporte público e o custo-benefício não atende.
Notícia Max – E para 2018, o senhor pretende disputar uma vaga na Assembleia Legislativa?
Abílio Júnior – Não, eu tenho a missão de trabalhar os quatro anos de mandato, e no ano que vem estaremos aqui cobrando todas as coisas que são de interesse e são de relevância para a população.
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