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POLÍTICA & PODER Segunda-feira, 12 de Novembro de 2018, 09:12 - A | A

Segunda-feira, 12 de Novembro de 2018, 09h:12 - A | A

NOVA MINISTRA DA AGRICULTURA

Agronegócio do Brasil continua representado pelo Centro-Oeste

Redação

Reprodução

 

Sai o senador Blairo Maggi (PP-MT- entra a deputada federal a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS). A mudança no Ministério da Agricultura foi anunciada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Porém, vale destacar que o Centro-Oeste continuará comandando o agronegócio nacional. A  escolha da sul-mato-grossense passou pelas articulações do atual ministro Maggi e do senador Cidinho Santos (PR).

 

“Fui um dos apoiadores, sou vice-presidente dela na Frente Parlamentar Mista da Agropecuária, tenho um relacionamento diário com ela, que é uma pessoa muito íntegra, muito competente, o Blairo também avalizou a escolha, e vai ser uma boa ministra”, afirmou Cidinho, em entrevista ao Notícia Max, confirmando as articulações para que Tereza Cristina fosse escolhida para comandar o Ministério da Agricultura.

 

Cidinho ressalta que Tereza tem família em Mato Grosso e por isso mesmo descarta uma perda de representatividade do Estado junto ao Governo Federal. “Ela tem família em Mato Grosso, os pais dela têm origem em Mato Grosso, evidentemente que ter um ministro do seu Estado é importante, como o Blairo tem demonstrado, mas não tivemos condições de manter, então pelo menos é uma pessoa alinhada com o setor e também é de nossa região”, frisou Cidinho.

 

Já o ministro Blairo Maggi também hipotecou total apoio a Tereza Cristina. Ele disse ter gostado da escolha. “Ela terá todo meu apoio e o apoio do setor agrícola inteiro. Já foi secretária de Mato Grosso do Sul. Conhece profundamente as coisas e fiquei muito feliz com a escolha do nome dela. Vamos em frente”, disse.

Maggi disse ser próximo da parlamentar e que acredita que ela dará continuidade ao trabalho desenvolvido por ele ao longo de quase dois anos.

 

“Ela sempre esteve muito próxima de mim nessa passagem pelo Ministério. Ela é presidente da Frente Parlamentar da Agricultura. Então, nosso entrosamento é muito bom. Eu gostei muito do nome dela”, afirmou.

 

E um encontro com Blairo já foi elencado como prioridade para a futura ministra, para se inteirar para de detalhes da área. “Hoje a agricultura e a agropecuária brasileiras são o nosso motor. É o carro-chefe da nossa economia, então temos de ver o que mais está faltando para que este motor seja mais acionado porque capacidade de produção, nossos produtores têm.”

 

No que depender das entidades representativas do agronegócio do Estado de Mato Grosso, a futura ministra terá todo apoio possível. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) também se demonstrou satisfeita com a decisão. Na avaliação do presidente da Associação, Marco Túlio Duarte Soares, a indicação de Tereza para o cargo resultará em uma boa representatividade, devido ao trabalho apresentado por ela à frente da FPA. “A deputada é sensível às pautas do setor agropecuário”, disse.

 

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, observou de forma positiva a indicação. Segundo ele, Tereza Cristina tem todas as qualidades necessárias para ocupar a pasta. “É produtora rural, tem liderança no setor e preside a FPA. Consideramos a indicação muito positiva”, avaliou o gestor.

 

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) também emitiu nota. A associação apoiava outro nome, mas o presidente Antonio Galvan frisou que a escolha da deputada também dá peso ao setor no ministério. “Com certeza, daremos todo o apoio à nova ministra e esperamos que faça um excelente trabalho na solução das dificuldades do setor agrícola brasileiro”, disse.

 

Em uma de suas primeiras declarações após saber da indicação, Tereza disse acreditar que seja  preciso dar a cara do governo Bolsonaro no setor agropecuário, pois todo gestor dá a sua característica e a sua personalidade às políticas públicas. E que ela pretende entender melhor o que o social liberal pensa para o ministério, ou se os deputados e, junto com as entidades de classe do setor produtivo, poderão discutir sobre modernização e quais as novidades que poderão vir a introduzir para definir os novos rumos para este ministério.

 

Segundo Tereza Cristina, o Ministério da Agricultura deve se concentrar na produção sustentável e na redução do que chama de “indústria de multas”, repetindo a expressão utilizada com frequência pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.

 

“Acabar com a indústria das multas, ter normas claras, ter um ambiente de negócios mais favorável. É o que o Brasil precisa para receber empreendimentos tanto externos quanto internos. Licenças serem mais ágeis não quer dizer perder segurança. Alguns processos precisam ser modernizados”, acrescentou.

 

 

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