O vice-governador, Carlos Fávaro (PSD), deixou definitivamente o comando da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). Há 20 meses ele acumulava a função de secretário de Meio Ambiente e vice-governador. Ele avalia que teve uma boa gestão e argumenta que o trabalho de sua equipe provou que não foi feito nenhum tipo de "vista grossa" no setor, já que ele é produtor rural e recebeu as acusações de que beneficiaria somente o agronegócio.
“A provocação era que o governador Pedro Taques estava deixando o galinheiro para a raposa cuidar. Eu enfrentei isso com naturalidade e como um desafio. Chamei a equipe de servidores para mostrar que a política ambiental é extremamente importante para Mato Grosso”, declarou.
Carlos Fávaro assumiu a Sema quando a promotora de Justiça Ana Luiza Peterlini teve que deixar o cargo para cumprir a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu membros do Ministério Público de ocupar cargos no Poder Executivo. Ele encerra sua gestão nesta semana sob o argumento de que vai se dedicar à vice-governadoria. A desincompatibilização também o deixa sem impedimentos para disputar as eleições de 2018.
O secretário defende que a principal prova que o trabalho foi bem feito foi o reconhecimento internacional da luta contra o desmatamento. Ele cita os mais de R$ 180 milhões doados em novembro ao Estado pelos Governos da Alemanha e do Reino Unido, após uma participação de Mato Grosso da COP 23 - um painel internacional sobre mudanças climáticas.
“Fizemos uma gestão de resultados e os números são incontestáveis, mostram que a política ambiental está dando certo. Reduzimos o desmatamento com recursos a fundo perdido de R$ 180 milhões”, frisou.
Mato Grosso apresentou a meta de zerar o desmatamento ilegal e reduzir as emissões de carbono até 2020, enquanto o Brasil propôs o mesmo intento num prazo maior, até 2030. Segundo Fávaro, quando o governador Pedro Taques assumiu o governo, o índice de desmatamento ilegal acumulava retração de 87% em dez anos. “Passados três anos, a queda chega a 89%. Está avançando (a redução), mas o ajuste fino começa a chegar e é cada vez mais difícil zerar”. Na apresentação dos resultados, Fávaro defendeu a mobilização da sociedade civil organizada, de organismos não-governamentais e do governo federal no combate ao desmatamento. “Se o mundo quer que Mato Grosso preserve cem por cento de suas reservas e sou convicto dessa necessidade por ser um dos nossos grandes ativos, é preciso mais recursos internacionais”, avalia.
Atualmente Mato Grosso mantém 63% do seu território intacto, prossegue o vice-governador. “Os números mostram que somos mais eficientes no combate ao crime ambiental. Não tem agro, não tem empresário que possa tirar o maior ativo de Mato Grosso, que é o nosso meio ambiente”, concluiu.
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