O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) voltou a movimentar o cenário político mato-grossense ao confirmar que o partido está empenhado em lançar o senador Jayme Campos como candidato ao Governo do Estado em 2026. Segundo ele, a pré-campanha “já decolou” e vem ganhando força com apoio de lideranças municipais.

“Já pedimos autorização, a pista liberou e já estamos voando. As lideranças estão embarcando e convidando aliados de outros partidos para montar a executiva”, declarou Júlio em entrevista à Rádio Cultura FM, na quinta-feira (6).

A fala faz referência a um vídeo recente divulgado por Jayme Campos, no qual o senador destaca que o projeto político está sendo construído “de baixo para cima”, com apoio de prefeitos e vereadores. Júlio reforçou que o irmão formou uma base sólida durante seus oito anos no Senado, destinando recursos a 142 municípios sem distinção partidária.

O deputado também propôs que o União Brasil realize um plebiscito interno entre os 55 mil filiados para decidir se o partido lançará candidatura própria ou apoiará o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que tem o respaldo do governador Mauro Mendes (UB).

“Se a base decidir apoiar Pivetta, é sinal de que não temos força suficiente. Aí, quando abrir a janela partidária, cada um segue o seu caminho”, afirmou Júlio, sinalizando que o grupo pode buscar outro rumo político.

Apesar das divergências, o parlamentar garantiu que o grupo continuará defendendo a tese da candidatura própria e, se necessário, levará o debate ao Diretório Nacional. “Se o Diretório quiser empurrar com a barriga, nós vamos exigir o plebiscito”, enfatizou.

Júlio ainda respondeu às críticas do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que se opôs à consulta interna. Ele lembrou que o partido não foi ouvido na escolha de Eduardo Botelho (UB) como candidato à Prefeitura de Cuiabá em 2024, decisão que partiu diretamente de Mauro Mendes.

“Quem escolheu foi o governador. Ele ouviu os aliados e definiu que Botelho tinha mais consenso e apoio político. E o resultado mostrou que a decisão foi acertada”, concluiu o deputado.

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