O mercado de trigo segue exigindo decisões rápidas e domínio das ferramentas de comercialização, segundo a TF Agroeconômica, que reforça que dezembro é historicamente o pior mês para vender. As cotações médias giram em torno de R$ 61,85 por saca no Rio Grande do Sul e R$ 71,63 no Paraná, valores inferiores ao custo variável de R$ 74,63 calculado pelo Deral. A orientação é clara: travar preços antes e recorrer ao mercado futuro para garantir rentabilidade mesmo com incertezas de produção e qualidade, já que nessas operações não há necessidade de entrega física em caso de quebra.
A consultoria destaca que o trigo sempre oferece lucro quando comercializado no momento correto. Nesta temporada, houve oportunidades próximas de R$ 91 por saca, com margem superior a 21 por cento, que poucos aproveitaram. Houve também janelas a R$ 89 e R$ 81,75, todas positivas, mas limitadas pela falta de conhecimento sobre fixação de preços em bolsa. Para a TF, essas operações não são especulativas, equivalem à fixação tradicional feita em cooperativas, porém com vantagens adicionais, como proteção contra perdas de produtividade.
O avanço dessas práticas também favorece cooperativas e empresas da cadeia, que poderiam planejar estratégias comerciais mais eficientes. A consultoria questiona o impacto que um preço médio de R$ 85 por saca teria sobre expansão de área e sobre ganhos com insumos, armazenagem e comercialização, lembrando que países como Estados Unidos, Europa e Argentina utilizam esses mecanismos de forma rotineira.
Outro ponto enfatizado é que operações futuras não prejudicam moinhos, que podem participar da fixação das farinhas e seguirão recebendo o trigo físico pelo preço de pedra. A TF reforça ainda que preço é o maior adubo. Sem remuneração adequada, produtores recorrem a sementes próprias, reduzem tratos culturais e ignoram zoneamentos, comprometendo produtividade e qualidade.
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