O atendimento dos usuários da Farmácia de Alto Custo está sendo feito, agora, mediante um novo sistema de agendamento. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde, a medida visa acabar com as longas filas de espera.
Agora, os pacientes precisam ir três vezes ao local, fazer o agendamento, o cadastro e depois receber o medicamento. A medida vem gerando reclamações, mas a SES justifica que o processo vai dar agilidade e evitar desperdício.
O novo sistema, chamado Horus, funciona da seguinte forma: O paciente vai até a farmácia, faz o agendamento para o cadastro ou renovação, sendo que a medida é obrigatória para todos, mesmo que o usuário já seja cadastrado. O paciente deve chegar entre as 7h30 e 14h30. Feito isso, o funcionário marca um dia para voltar com os documentos e preencher o prontuário, e nesse dia marca-se uma nova data para retirada do medicamento.
Vivian Arruda, assessora técnica da SES, explica que antes de entrada em vigor do novo sistema, o paciente não tinha possibilidade de agendamento, muitas vezes tendo que madrugar na Farmácia de Alto Custo, e hoje há um fluxo de agendamento presencial para que o paciente venha e escolha o dia que ele pode retornar para cadastrar ou renovar.
“São 80 renovações e 10 cadastros novos que faremos diariamente, e existe essa possibilidade agora, o paciente não precisa vir na insegurança de ter o agendamento. Ele vai ser agendado das 7h30 às 16h30 no dia que melhor lhe convier, e ele vai ser atendido naquele dia que agendou”, frisou Vivian.
A assessora diz ainda que o período entre o cadastro e a retirada do medicamento serve para que um perito avalie a prescrição de medicamento que vem de fora. “Então ele vai avaliar os exames, os laudos médicos, a prescrição, e aí ele vai liberar a dispensação para o estoque”.
Mas os pacientes reclamam do novo sistema de agendamento, como é o caso da professora aposentada Maria Laura de Freitas, que reclama das dificuldades impostas. “Agora tem que vir uma vez para agendar, depois para recadastrar, e outra vez para pegar o remédio. E esse é o problema, porque as pessoas doentes, que moram longe, que trabalham, é difícil para eles virem três vezes aqui”, queixou-se a professora.
Outra justificativa para adotar a nova tecnologia para agendamento e cadastro é que assim a Secretaria de Saúde do Estado passa a ter um controle mais efetivo do estoque, podendo evitar desperdício, como acontecem em passado recente, quando aproximadamente 20 toneladas de remédios, suplementos e fraudas tiveram que ser incinerados, porque perderam a validade.
“Agora com esse novo sistema, esperamos um intercâmbio entre os Estados, para que possamos trocar informações, ter a possibilidade de troca de medicamentos entre os estados e como recuperamos a rastreabilidade desses dados, somos nós que fazemos a gestão do nosso estoque. Então esse sistema veio para evoluir”, finalizou Vivian.
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