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INTERNACIONAL Domingo, 13 de Julho de 2025, 17:20 - A | A

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GUERRA

Ataque próximo a ponto de distribuição de água em Gaza deixa ao menos 10 mortos, incluindo crianças

Exército de Israel culpa "erro técnico" em lançamento de projétil

Agência O Globo

Ao menos 10 pessoas, incluindo crianças, morreram, na manhã deste domingo (13), perto de um ponto de distribuição de água no centro da Faixa de Gaza, segundo autoridades de saúde do enclave, enquanto Israel continua com sua campanha militar apesar dos esforços liderados pelos Estados Unidos para intermediar um cessar-fogo.

O Exército israelense afirmou que um “erro técnico” fez com que o projétil lançado atingisse uma área a dezenas de metros de distância do alvo pretendido. As vítimas estavam reunidas próximo a um ponto de abastecimento de água, disseram trabalhadores da saúde.

O Dr. Marwan Abu Nasser, diretor do Hospital Al-Awda, em Nuseirat, informou que os corpos das vítimas, além de mais de uma dúzia de feridos, foram levados à unidade hospitalar após o ataque, que ocorreu a cerca de 800 metros dali.

Segundo o Dr. Rami Al-Shrafi, também do Hospital Al-Awda, é comum que moradores da região se reúnam no local pela manhã, pois muitos palestinos ali estão deslocados e não têm acesso a água encanada ou instalações sanitárias.

— Parece que o projétil caiu ali e os atingiu diretamente — disse o Dr. Shrafi.

 

Questionado sobre o ataque em Nuseirat, o Exército de Israel declarou que houve um “erro técnico” e que a munição israelense — que visava um militante da Jihad Islâmica — acabou atingindo um ponto a dezenas de metros do alvo original. A força militar reconheceu que houve vítimas e afirmou que “o incidente está sob revisão”.

Horas depois, no norte de Gaza, um outro ataque, desta vez em um cruzamento movimentado na Cidade de Gaza, deixou ao menos 11 mortos e dezenas de feridos, de acordo com a Defesa Civil de Gaza, órgão de resgate emergencial subordinado ao Ministério do Interior administrado pelo Hamas.

O Dr. Fadel Naim, do Hospital Árabe Al-Ahli, afirmou que o centro médico recebeu várias vítimas do ataque e confirmou que o médico Ahmad Qandil, também funcionário do hospital, estava entre os mortos.

O Exército israelense declarou estar investigando as denúncias sobre o ataque na Cidade de Gaza. Em outro comunicado divulgado no domingo, a força informou que sua aviação atacou mais de 150 alvos em Gaza nas últimas 24 horas, incluindo depósitos de armas e postos de atiradores de elite.

 

Os ataques fatais ocorrem em meio a negociações recentes para tentar estabelecer um cessar-fogo entre Israel e Hamas, que até agora não surtiram efeito.

Autoridades israelenses e o presidente Donald Trump expressaram otimismo quanto a um possível acordo, especialmente antes da visita do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a Washington na semana passada. No entanto, as conversas parecem ter esfriado por enquanto, diante das divergências entre as partes.

Enquanto isso, as Forças de Defesa de Israel continuam sua ofensiva em Gaza, parte de uma guerra de 21 meses iniciada após os ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que mataram cerca de 1.200 pessoas e resultaram na captura de aproximadamente 250 reféns levados para Gaza.

Desde então, mais de 58 mil pessoas morreram no território palestino, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. As listas de vítimas divulgadas não distinguem civis de combatentes, mas incluem milhares de crianças.

Somente no último mês, mais de 20 soldados israelenses morreram em Gaza, de acordo com o Exército de Israel, incluindo cinco que foram mortos em uma emboscada na estrada na semana passada.

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