A Justiça recusou nesta segunda-feira (21) um pedido para que Keiko Fujimori, candidata a presidente do Peru, voltasse à prisão. A líder direitista responde por um caso de lavagem de dinheiro e corrupção e esteve presa preventivamente entre 2018 e 2020.
Filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori, também preso por violações aos direitos humanos, Keiko é acusada de receber US$ 1,2 milhão da construtora brasileira Odebrecht para suas campanhas políticas em 2011 e 2016 — nas duas vezes, ela saiu derrotada.
O procurador do caso envolvendo Keiko, José Domingo Pérez, havia pedido 11 meses e 22 dias de prisão para a candidata, alegando que ela descumpriu restrições como manter comunicação com testemunhas do caso.
A candidata compareceu à audiência de segunda-feira junto da advogada Giulliana Loza, que afirmou que sua cliente não descumpriu restrições nem agiu para obstruir o processo judicial, que ainda não tem data marcada para o início das audiências.
Keiko não aceita derrota
A decisão da justiça vem em um momento em que Keiko não admite a derrota para o socialista Pedro Castillo, que se proclamou vencedor após a autoridade eleitoral do país anunciar sua liderança por uma diferença de 44.058 votos.
Para anunciar oficialmente o vencedor, o Tribunal Nacional de Eleições deve resolver a impugnação ou anulação de milhares de votos de regiões remotas, a maioria solicitada por Keiko Fujimori, que alega fraude. O processo de revisão pode demorar dias e até semanas, segundo especialistas.
Observadores internacionais do processo em Lima já manifestaram que as eleições ocorreram de maneira transparente.
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