Divulgação

 

O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador cassado João Emanuel (PSD), esteve depondo nesta terça-feira (30) na sede do GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado) e negou que tenha cometido qualquer ato ilícito e que prestava apenas assessoria jurídica à empresa Soy. Ele é investigado em um esquema de estelionato que aplicou golpes de até R$ 50 milhões, conforme revelado pela Operação Castelo de Areia deflagrada na sexta-feira (26).

Segundo o delegado Diogo Santana de Souza, desde que a operação ‘Castelo de Areia’ foi deflagrada na sexta-feira (26), doze vítimas do bando já foram ouvidas, todas vindas da Capital e do interior do Estado. Mas após a divulgação na imprensa, de notícias envolvendo a empresa Soy Group, comandada por Emanuel, a GCCO não parou de receber ligações e denúncias de dezenas de novas vítimas que dizem ter sido lesadas pela empresa de fachada.

As investigações apontam que João Emanuel atuaria como vice-presidente do Grupo Soy, o que estaria comprovado por meio de cartões de distribuição diante da sua função de conquistar clientes dispostos a emprestar dinheiro com juros abaixo do preço de mercado.  Os empréstimos fraudulentos tinham como alvos empresários, empreiteiros e agricultores. 

O ex-vereador nega veementemente que tenha participado de qualquer ilegalidade e diz que sua atuação no Grupo Soy se limitava ao exercício da advocacia. Ainda negou que tenha feito traduções perante um falso empresário chinês com o intuito de ludibriar clientes. 

Depois de não fornecer qualquer nova informação , João Emanuel foi escoltado para seu apartamento, no bairro Bosque da Saúde, onde é mantido em prisão domiciliar.

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