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INTERNACIONAL Sábado, 08 de Novembro de 2025, 17:05 - A | A

Sábado, 08 de Novembro de 2025, 17h:05 - A | A

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França investiga plano terrorista ligado a Salah Abdeslam, condenado pelos ataques de 2015

Três pessoas estão sob custódia, incluindo a companheira dele. Neste sábado (8), a Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT) anunciou que a investigação foi ampliada para incluir o crime de conspiração terrorista para cometer um crime contra pessoas.

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Na quinta-feira (13), a França fará um dia de homenagem às vítimas dos atentados de 13 de novembro de 2015, que mataram 130 pessoas e feriram centenas em Paris e em Saint-Denis, na região metropolitana.

Condenado pela Justiça francesa à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional e encarcerado na penitenciária de Vendin-le-Vieil (Pas-de-Calais) por sua participação nos atentados, Salah Abdeslam foi detido na terça-feira e depois novamente na sexta-feira (7), como parte de uma investigação aberta em janeiro de 2025 sobre a posse ilegal de um pendrive na prisão.

Segundo a Procuradoria, os detidos são investigados por suspeita de receptação. A advogada de Salah Abdeslam, Olivia Ronen, recusou-se a comentar o fato, alegando sigilo da investigação.

O tribunal invocou um artigo do Código de Processo Penal que prevê a prorrogação excepcional da prisão preventiva além de 96 horas em casos de "risco grave de ataque terrorista iminente na França ou no exterior" ou se "as necessidades da cooperação internacional o exigirem imperativamente". Essa medida, que requer autorização de um juiz, é raramente utilizada pelas autoridades antiterroristas.

A companheira de Salah Abdeslam, identificada pelo jornal Le Parisien como Maëva B., de 27 anos, está entre os detidos. Segundo relatos, ela mantinha correspondência de longa data com o prisioneiro, antes de ser autorizada a encontrá-lo. Ela está sob custódia policial por receptação de contrabando pertencente a um prisioneiro e por conspiração terrorista.

Preso tem acesso limitado a computador
Uma fonte do sindicato dos presos disse à AFP na quinta-feira que "foram encontradas conexões de pendrive" no computador de Salah Abdeslam, que ele tinha permissão legal de uso, mas de forma limitada, para "fazer cursos".

Este pendrive, que, segundo o Le Parisien, teria sido usado para transferir propaganda jihadista para o computador de Salah Abdeslam, "não foi encontrado", de acordo com a fonte do sindicato.

Por ser considerado preso de alta periculosidade, Abdeslam está sujeito a "mudanças regulares de cela", durante as quais são realizadas verificações sistemáticas de seus pertences.

“Sob a minha autoridade, a administração penitenciária reportou abusos cometidos por vários detentos, incluindo, já no início de janeiro, a utilização de um pendrive USB por Salah Abdeslam", afirmou neste sábado o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin. "Alguns dias depois, foi aberta uma investigação pelo gabinete do procurador antiterrorismo", acrescentou.

Em entrevista à AFP publicada, o procurador nacional antiterrorismo, Olivier Christen, afirmou que a ameaça jihadista é "a mais significativa, tanto em termos de escala quanto do nível de preparação envolvido na realização de ataques" e tem "aumentado" nos últimos três anos.

(Com AFP)

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