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INTERNACIONAL Sábado, 08 de Novembro de 2025, 17:07 - A | A

Sábado, 08 de Novembro de 2025, 17h:07 - A | A

AQUECIMENTO

Rússia intensifica ataques à infraestrutura de energia da Ucrânia às vésperas do inverno

A Ucrânia sofreu um novo ataque russo contra sua infraestrutura energética neste sábado (8), que deixou quatro mortos e provocou cortes no abastecimento de água e de eletricidade em várias regiões, incluindo a capital Kiev.

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O Exército russo avança para tentar assumir o controle do importante ponto logístico de Pokrovsk, no leste, intensificando os bombardeios contra as instalações de gás e energia elétrica em todo o país. A estratégia gera o temor de outro inverno (hemisfério norte) difícil para os ucranianos.

"Os ataques russos voltaram a visar o cotidiano da população. Privam as pessoas de eletricidade, água e aquecimento, destroem infraestruturas essenciais e danificam as redes ferroviárias", declarou o ministro das Relações Exteriores, Andrii Sibiga.

A Rússia lançou 458 drones e 45 mísseis contra a Ucrânia, segundo a Força Aérea ucraniana, que anunciou ter derrubado 409 drones e nove mísseis.

"Os trabalhos de reconstrução continuam após o ataque noturno. Foi um ataque em larga escala, com muitos mísseis balísticos", explicou no Telegram o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Em Dnipro, metrópole localizada no leste do país, um ataque com drones atingiu um edifício residencial de nove andares. Três pessoas morreram e várias ficaram feridas, segundo o prefeito Borys Filatov.

Outra pessoa morreu na cidade de Kharkiv, no nordeste do país, segundo Zelensky.

Consequências da falta de energia
Várias regiões, como Kharkiv e Kremenchuk, na região de Poltava, anunciaram cortes no abastecimento de eletricidade e água. Os cortes também afetaram Kiev e suas imediações, segundo a operadora privada DTEK.

Atrasos significativos foram relatados no sistema ferroviário, alertou o ministro da Reconstrução, Oleksii Kuleba, que acusou a Rússia de ter intensificado os ataques contra os depósitos de locomotivas.

Os drones atacaram instalações de energia no sul da Ucrânia, em Odessa, na sexta-feira à noite, informou o governador da região, Oleh Kiper, no Telegram.

Como em cada onda de ataques, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que atingiu "empresas do complexo militar-industrial ucraniano e instalações de gás e energia que apoiam suas operações".

Desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia bombardeia quase diariamente as cidades ucranianas. Os ataques provocaram danos consideráveis em centrais de energia elétrica e infraestruturas de gás.

Segundo um relatório publicado em outubro pela Escola de Economia de Kiev (KSE, na sigla em inglês), mais de 25% da demanda de energia elétrica não será atendida durante o inverno.

Ucrânia mira exportações de petróleo russo
Os ucranianos respondem com ataques em território russo, cada vez mais distantes. O objetivo é prejudicar as exportações de petróleo russo e, dessa maneira, sabotar o financiamento da máquina de guerra russa.

Na madrugada deste sábado, o governador da região russa de Volgogrado — a centenas de quilômetros da frente de batalha — Andrei Bocharov, relatou um ataque com drones contra infraestruturas energéticas, que provocou interrupções no abastecimento.

Com as negociações diplomáticas estagnadas, a maior parte dos combates acontece atualmente na região de Donetsk (leste da Ucrânia), onde fica a cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico para as forças ucranianas, que pode cair nos próximos dias.

A tomada dessa cidade seria a maior vitória russa na Ucrânia desde as conquistas de Vuhledar, em outubro de 2024, e de Avdiivka, em fevereiro do mesmo ano.

O Exército russo controla quase 20% do território ucraniano, incluindo a península da Crimeia, anexada em 2014, segundo uma análise elaborada pela AFP com base nos dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), que trabalha em parceria com o Critical Threats Project (CTP).

(Com AFP)

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