O juiz Marcus Faleiros, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em crime organizado, expôs na decisão judicial que ordena as prisões preventivas do ex-secretário de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia da Costa e mais 7 pessoas por esquema de desvio de dinheiro público, que os fatos investigados na Operação Sangria aparentam ser mais graves do que a atuação do Comando Vermelho (CV) em Mato Grosso.
“Registro que de todos os processos que trabalhei, esses são os fatos concretamente mais graves, talvez, até mais graves que atuação dos membros da facção Comando Vermelho (Operação Red Money), porque envolvem esquema de corrupção, fraude a licitação em prestação de serviços da saúde pública (UTIs e Clínica médica) e lavagem de dinheiro”, diz trecho do despacho.
No documento, Faleiros também cita que o esquema de corrupção instalado na Saúde Pública de Cuiabá tem resultado na morte de pessoas.
“[Os fatos] envolvem esquema de corrupção, fraude à licitação em prestação de serviços da saúde pública (UTIs e Clínica médica) e lavagem de dinheiro, gerando a morte de pessoas que estão na fila de espera para realização de cirurgia de alta complexidade (Cardíaca, Neurológica), mas não conseguem diante da ação do grupo que monopoliza o serviço de saúde e superfaturam contratos, utilizando de suas influências políticas para permanecer em cargos estratégicos para beneficiar as empresas dos membros da organização criminosa (Proclin, Prolabore, Qualycare)”, cita. “Eles estão fazendo de conta que estão ofertando serviço de qualidade, quando na realidade estão esgotando o dinheiro público em detrimento dos interesses particulares, fatos extremamente graves, que talvez, nunca foram tratados com esta intensidade, já que outras esferas do direito (Civil, Administrativo, Financeiro e Tributário) não foram suficientes para frenar a atuação dos investigados que há anos dominando o mercado de forma ilícita”, argumenta.
Foram alvos dos mandados de prisão o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheimer, Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Luciano Correa Ribeiro, Flávio Alexandre Taques da Silva, Fábio Alex Taques Figueiredo e Celita Natalina Liberali.
Segundo Faleiros, os presos e as empresas agiram “fazendo de conta que estão ofertando serviço de qualidade, quando na realidade estão esgotando o dinheiro público em detrimento dos interesses particulares, fatos extremamente graves, que talvez, nunca foram tratados com esta intensidade, já que outras esferas do direito não foram suficientes para frenar a atuação dos investigados que há anos dominando o mercado de forma ilícita”.
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