O processo de musicalização para a primeira “Orquestra de Sucata” está em fase de desenvolvimento das habilidades musicais e fabricação de instrumentos alternativos de percussão, e, agora parte para o sopro e corda, com um grupo de crianças do bairro Parque Atalaia, em Cuiabá (MT). O trabalho resultará em apresentações públicas e maior visibilidade de uma pesquisa que nasceu há 20 anos, de tirar música a partir do lixo seco, pelo arte-educador e músico Anselmo Parabá. Além dos instrumentos já conhecidos, o “Trom-pet”, Bumbo, Caixa, Chocalho e “Violatão”, estão sendo construídos a Rabeca, Viola de Cocho e Ganzá feitos de plástico. Terá ainda piano humano e o saxofone de PVC.
O projeto surge a partir do Ponto de Cultura INCA em Rede, com o objetivo de valorizar e impulsionar a preservação das manifestações da cultura popular cuiabana, potencializando os grupos Siriri Elétrico, Raízes Cuiabanas, São Gonçalo Beira Rio, Flor Serrana e Flor do Campo, em uma imersão de conhecimento em busca de novas criações artísticas, por meio de consultorias e capacitações com oficinas de Figurino, Cenografia, Coreografia, Maquiagem, Dança Afro, Percussão e Gestão: em Mídias Sociais, Organização de Eventos, Produção, Elaboração de Projetos, Finanças e Network, resultando em apresentações esteticamente mais aprimoradas e profissionais.
E, neste processo, inclui-se o apoio para a criação da “1ª Orquestra de Instrumentos Alternativos”, ou seja, a “Orquestra de Sucata”, pela Startup Anjos da Lata, onde apresenta a música popular mato-grossense e a brasileira, em contrapartida com a educação ambiental, em estudo de 20 anos do arte-educador.
No repertório, conduzido por reciclados de latinhas de refrigerante que viram chocalho, galões de tinta que se transformam em tambores, com batidas por baquetas de cabo de vassoura, tamborins de latas de extrato de tomate, as músicas vão nos ritmos da Bahia, como o baião, segue pelo Pop e Música Popular Brasileira, com Milton Nascimento, até Mato Grosso, com o bom Rasqueado, Lambadão e Siriri.
O projeto iniciou com a proposta de seis meses de trabalho, no entanto, o estudo musical do zero exige um pouco mais de tempo e dedicação, até para se transformar em Orquestra, e deve estender, de acordo com Anselmo Parabá, para o melhor que há de vir, a partir do lixo seco descartado, mas que serão reutilizados para se construir instrumentos a compor um verdadeiro show musical da Orquestra.
O Pronto de Cultura INCA em Rede é uma realização do Instituto INCA-Inclusão, Cidadania e Ação, em continuidade do que a organização já realiza há anos, desde 2009, com agentes e quintais da região Sul de Cuiabá, que ainda cultivam a Cultura Popular. Esta já é a quarta ação do Ponto de Cultura INCA, via emenda parlamentar impositiva do deputado estadual Wilson Santos, por meio de recursos da Secretaria de Estado de Cultura Esporte e Lazer (Secel-MT), e apoio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
A METODOLOGIA
A Startup Social Anjos da Lata – Sucata Musical existe há 12 anos, mas a ideia começou muito antes.
Há 20 anos, Anselmo Parabá começou a pesquisa de tirar música a partir do lixo seco no Tijucal (em 2005), no bairro em que cresceu, em Cuiabá. Neste momento ele já fazia parte da banda Madala Soul, a qual fundou.
Após um tempo, viu-se a necessidade de criar a Startup Anjos da Lata, que nasceu em março de 2023, no bairro Jardim Mirante, no município de Tangará da Serra, quando o artista residiu por lá, e percebeu que deveria executar a sua metodologia para um grupo de crianças em situação de vulnerabilidade no entorno da Escola Estadual Bento Muniz.
Agora, a Startup está sediada em Várzea Grande, com um ateliê de construção de instrumentos, inaugurado recentemente, no dia 29 de julho de 2025.
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